Nova regra! Usar cartão de crédito na Argentina vai ficar mais barato para brasileiros

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O governo argentino adotou uma nova medida para estimular o uso de cartão de crédito e débito de turistas estrangeiros no país, favorecendo a taxa de câmbio de quem vai usar o cartão nas compras realizadas dentro da Argentina. Será o fim do câmbio paralelo?

A ideia do governo com essa medida é justamente fazer com que os turistas estrangeiros evitem o dólar blue, o mercado paralelo que paga as melhores taxas para quem troca dólar em espécie por pesos argentinos.

Pra se ter uma noção, enquanto o dólar MEP (a ‘bolsa do dólar’) paga cerca de 315 pesos, quem usa o cartão tem tido um câmbio de 179 (fora os 6,38% do IOF e o spread bancário), ou seja, bem abaixo (lembrando que esse valor tem variações diárias). Igualando o câmbio do dólar MEP no cartão, o Banco Central quer tentar concentrar os dólares do país no mercado oficial, evitando que a moeda em espécie circule em excesso no mercado paralelo.

Agora, usando o cartão de crédito ou de débito, o turista vai ter um câmbio próximo ao dólar MEP, muito mais favorável e parecido com a taxa utilizada na conversão feita da troca em espécie.

Mastercard saiu na frente

Por enquanto, a única bandeira que está operando com a nova taxa é a Mastercard (para transações processadas desde 2 de dezembro), mas a Visa e a American Express também devem se valer do câmbio mais favorável nos próximos dias, apesar de não terem estipulado ainda uma data exata.

“Para esta solução provisória, que nos permitiu atender às expectativas de implementação, decidimos manter a taxa de câmbio oficial em nossos sistemas e fazer o reembolso da diferença de câmbio para todos os cartões Mastercard emitidos no exterior que fizerem pagamentos em nosso país”, explicou Federico Cofman, gerente nacional da Mastercard para a Argentina e Uruguai. “O valor que usamos para calcular esse reembolso é um câmbio alternativo que recebemos diariamente da Câmara de Cartões de Crédito, a ATACYC. É um câmbio mais competitivo para estrangeiros, próximo ao MEP, conhecido como bolsa de dólar”, afirmou.

IOF e spread bancário

A notícia da nova cotação é excelente, pois diminui a distância do valor do pagamento por cartão para aquele do câmbio paralelo, que segue sendo mais vantajoso por conta do Imposto de Operações Financeiras do Brasil, o famoso IOF, que incide sobre as operações com moeda estrangeiras no percentual de 6,38%.

Além disso, a maioria dos bancos cobra um dólar da fatura do cartão de crédito maior do que a cotação oficial. Essa diferença, chamada de spread pode chegar a acrescentar 7% ao câmbio oficial (caso do Banco Safra). A exceção são os cartões de crédito de cooperativas como Sicoob e Unicred que tem spread zero. Outro cartão sem ágio é o Pão de Açúcar.

Isenção do imposto nas hospedagens

O novo câmbio tem uma aplicação prática bem interessante: a devolução do IVA argentino nas hospedagens em hotel. Para receber os 21% referentes ao imposto de volta, é preciso que o pagamento seja efetuado com um cartão de crédito internacional, o que no caso dos brasileiros não valia a pena até agora por conta do câmbio, IOF e spread (se aplicável).

Com o novo câmbio, o retorno dos 21% do valor da hospedagem mais que compensa o IOF e até o pior dos ágios no dólar da fatura. E é possível pagar ainda menos: utilizando o cartão Nomad você só paga 1,1% de IOF e não tem spread. Se você não tem ainda, aproveite a promoção para receber até 20 dólares de graça.

 

Fonte:https://www.melhoresdestinos.com.br/argentina-cartao-de-credito-turistas.html

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